Durante o projeto do Exploratório, a exposição do Parque da Ciência do Paraná, procuramos mostrar nossa visão de que a ciência é filha da filosofia. O objetivo sempre foi de encantar o visitante com ineditismo, qualidade de conteúdo e contextualização.
Quando Albert Einstein disse:
“A imaginação é mais importante que a ciência, porque a ciência é limitada, ao passo que a imaginação abrange o mundo inteiro.”
o ganhador do Premio Nobel ilustrava de forma brilhante a importância do pensamento e da filosofia.
“Se queres a verdadeira liberdade, deves fazer-te servo da filosofia.”
Nesta frase o filósofo grego Epicuro conectou a filosofia ao que hoje chamamos de ciência, como a busca pela verdade que liberta.
Criamos no Pavilhão Cidade do Exploratório uma instalação que mescla elementos da Ágora de Atenas, na Grécia antiga, com a Boca Maldita em Curitiba, no Brasil. Separadas por 2.500 anos, unem-se por serem espaços abertos da malha urbana destas cidades onde as pessoas se encontravam e encontram, debatendo seus pontos de vista, desenvolvendo a democracia e o saber em uma busca plural pelo conhecimento.
Paulo Leminski, poeta curitibano, foi escolhido como cicerone para uma boa conversa. Sua escultura está na exposição sentada num banco como aqueles da Rua das Flores, convidando o visitante a sentar e ter um dedo de proza.
Na concepção original da expografia, quando da inauguração, havia também um pequeno alto-falante embutido e oculto na travessa superior do encosto do banco, de onde se podia ouvir seus versos, na voz da filha de Paulo. Declamados em volume bem baixo, ouvir era um privilégio daqueles que tomassem a iniciativa de sentar.
Me encanta poder usar nossos projetos expográficos e técnica para criar experiências lindas assim!
Uma lembrança que me emociona…